Um jovem belga se mudou para o Brasil e resolveu se arriscar em um negócio praticamente inexistente em sua terra natal. Diego Robayana, de 27 anos, se apaixonou por uma brasileira e, ao lado da agora esposa, começou a vender ‘chup-chup’, também conhecidos como ‘geladinho’ ou ‘sacolés‘. Refrescantes e 100% naturais, eles conquistaram o paladar de moradores e turistas que frequentam o litoral de São Paulo durante o verão deste ano.
A ideia do belga, de 27 anos, era assistir a Copa do Mundo no Brasil e visitar parte da família que mora em Santos. Durante um passeio no litoral de São Paulo, ele conheceu a administradora Luana Gonzaga Nascimento, de 31 anos. “Minha amiga começou a se relacionar com o irmão dele. A gente combinou de ir a um show, começamos a ficar juntos e não nos largamos mais”, conta ela. Diego voltou para Bélgica, mas o coração ficou no Brasil. “Eu senti que era amor de verdade. Voltei para pedi-la em noivado”, diz.
Em três meses, eles casaram em Santos e começaram a morar juntos no litoral de São Paulo. Na Bélgica, Diego sempre trabalhou na área de turismo e em escritórios em administração. Ele fala cinco idiomas: português, inglês, holandês, francês e espanhol. Em Santos, o belga viu a possibilidade de se inserir no mercado de trabalho portuário. Mas, em seguida, conseguiu um emprego de garçom em um restaurante europeu em Santos. Depois, também começou a dar aulas particulares de idiomas.
Entretanto, a vontade de Diego sempre foi ter um negócio próprio. Luana conta que ele tinha vários planos, mas nada interessante. “Até que teve a ideia de fazer geladinhos diferentes. Eu adoro, sou apaixonada por geladinhos e sorvetes. E tenho dificuldade de achar um que seja de qualidade, natural e diferenciado. Ele começou a trazer umas ideias do restaurante e a desenvolver as receitas”, diz ela.
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O casal decidiu arriscar de vez no novo negócio em novembro de 2016. Diego veio com receitas e conceitos mais europeus. Luana deu o toque brasileiro que fez o geladinho fazer sucesso. Os sabores foram divididos em três categorias: refrescantes (acabaxi com hortelã, morango com limão, sorvete de limão e manga com gengibre), sobremesas (mousse de maracujá, limão, panna cotta, brigadeiro gourmet, banana split e cocada) e alcoólicos (mojito, pina colada, choconhaque e o espanhola.
Eles levavam os geladinhos para a família e os amigos experimentarem. Em seguida, o casal começou a vender na rede de bares em que Diego trabalha e também para alguns comércios na avenida Ana Costa. Aos poucos, começaram a chegar encomendas por toda a parte que garantiram uma clientela fiel.
Os geladinhos custam entre R$ 3 e R$ 5. Segundo o casal, a produção chega a fazer 100 a 150 por semana, dependendo da quantidade de encomendas. O diferencial, segundo eles, é o tamanho e também o sabor. O belga e a brasileira garantem que os geladinhos não têm nenhum conservante e são 100% naturais. Em alguns sabores, é possível sentir os pedacinhos da fruta e até coberturas extras. “Não fazemos nenhum tradicional. Todos possuem um toque gourmetizado e diferente”, explica ele.
Segundo Diego, os belgas entendem bem de chocolate e também de sorvete. Ele conta que há muitas sorveterias em sua terra natal e que os europeus adoram o sabor refrescante em todas as épocas do ano, inclusive no inverno, já que o verão dura pouco tempo e não atinge temperaturas altas como no Brasil. Agora, o belga torce para que o geladinho artesanal, assim como o sorvete na Europa, vire uma sensação entre os brasileiros. Não só no verão em Santos, mas no ano inteiro.
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